Homem invade velório de suspeito de matar PM na BA, atira em caixão e deixa bilhete com ameaça
Um homem invadiu o velório de um suspeito de envolvimento na morte do
policial militar Tyrone Thomaz de Aquino Araújo, e atirou no caixão onde
o corpo dele estava, em Ilhéus, no sul da Bahia.
Segundo informações da Polícia Civil, Danilo José Silva dos Santos, mais
conhecido como Gago, tinha 22 anos, e era velado na noite de
terça-feira (25), quando o integrante de um grupo rival invadiu a
cerimônia, assustou familiares e ainda deixou um bilhete com uma ameaça
para a família de Danilo.
O jovem foi morto a tiros pouco tempo depois de depor sobre a morte do policial militar, na segunda-feira (24).
De acordo com a polícia, ele foi surpreendido por homens armados no
caminho para casa. Durante o ataque, a mulher dele também foi baleada e
ficou ferida. Não há informações sobre o estado de saúde dela. Ninguém
foi preso suspeito do assasinato de Danilo. O crime é investigado.
De acordo com a delegada Andréia Oliveira, que investiga o assassinato
do policial militar, no bilhete deixado para a família de Danilo, o
criminoso "ordena" que o corpo do suspeito fosse retirado da igreja onde
era realizada a cerimônia, no bairro Teotônio Vilela, para que "algo
pior não acontecesse".
Segundo a delegada, o bairro é comandado por uma quadrilha que é rival à
que Danilo pertencia e os integrantes do grupo não aceitaram que o
corpo dele fosse velado lá. Após o ataque, conforme a delegada, o
velório foi suspenso e o caixão foi levado de volta para a funerária. O
suspeito do ataque fugiu.
O tiro disparado pelo criminoso atingiu o corpo de Danilo, na altura do
queixo. A polícia informou que ele foi enterrado sob escolta policial na
manhã desta quarta-feira (26), no Cemitério São João Batista, em outro
bairro de Ilhéus.
De acordo com a delegada Andréia Oliveira, a escolta foi feita para
garantir a segurança da família de Danilo. Durante a cerimônia, nenhum
novo ataque foi registrado.
Conforme a polícia, Danilo José foi preso quando fugia de Ilhéus, para
Salvador, na segunda-feira, um dia após a morte do policial. Outros dois
suspeitos também foram presos no mesmo dia.
Danilo foi levado para Delegacia de Ilhéus e, após prestar depoimento,
foi liberado. Conforme a polícia, o suspeito foi solto porque não houve
flagrante e não foi reconhecido por testemunhas, já que os autores do
crime atuaram com capuz.
Segundo a polícia, em depoimento, Danilo disse que a morte do policial
foi encomendada por Adailton Soares dos Santos, preso do Conjunto Penal
de Itabuna, pelo valor de R$ 2 mil e um quilo de maconha. A motivação do
crime ainda não foi informada pela polícia.
Os outros dois suspeitos de envolvimento na morte do PM continuam
detidos. Ambos estavam com armas de fogo e foram autuados por porte
ilegal. Um deles, Fabrício Santana Caetano, de 18 anos, foi achado com a
arma igual a que foi usada para matar o policial. No entanto, a perícia
ainda não confirmou que o revólver calibre 38 foi o mesmo usado para
atingir o PM. A polícia suspeita, ainda, que Fabrício teria levado os
executores até o local do crime para atirar no PM, mas ele nega.
Tyrone de Aquino foi morto a tiros dentro de lanchonete
Morte de PM
O policial militar Tyrone Thomaz de Aquino Araújo, de 44 anos, morreu
após ser atingido por 14 tiros dentro de uma lanchonete, na madrugada do
domingo (23), em Ilhéus. Ele foi enterrado sob muita comoção no mesmo
dia, no Cemitério São João Batista.
De acordo com a polícia, outro homem que também estava no
estabelecimento da lanchonete foi baleado. Tyrone foi atacado pelas
costas por quatro criminosos, que passaram em frente à lanchonete em um
carro e atiraram na direção dele. Após a ação, os criminosos fugiram.
Segundo a PM, o policial, que era o alvo do ataque, estava de folga no
momento em que ocorreu o crime. Tyrone e a outra vítima foram levados
pelo Samu para o Hospital Regional de Ilhéus, mas o policial não
resistiu aos ferimentos. O outro homem baleado recebeu atendimento
médico e teve alta ainda no domingo.
De acordo com a PM, Tyrone Araújo era solteiro, não tinha filhos e fazia
parte da instituição há 14 anos. O soldado era lotado na 68ª Companhia
Independente da Polícia Militar (CIPM), em Ilhéus. Conforme a PM, a
Força Tarefa da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA),
encarregada em apurar crimes contra policiais militares, o caso.
Homem invade velório de suspeito de matar PM na BA, atira em caixão e deixa bilhete com ameaça
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