Professores continuam acampados na prefeitura de Baixa Grande

Na manhã desta segunda-feira, 07 de março de 2016, os professores do município de Baixa Grande-BA, que anunciaram greve por tempo indeterminado no fim de semana, ocuparam o prédio da prefeitura.

Os educadores estão reivindicando a devolução dos direitos conquistados (regência e AC fixo), que foram cortados pela gestão municipal durante os meses de janeiro, fevereiro e do 1/3 férias. “Os professores têm direito a essas vantagens, haja vista, estarem em efetivo exercício da função e constam no Plano de Carreira”, disse Janete Oliveira, que faz parte da comissão de educação.

No fim da tarde, os professores designaram uma Comissão para ir até o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, como solicitou o prefeito Pedro Lima Neto. Segundo Janete, chegando ao local, o prefeito se mostrou muito irritado e grosseiramente, impedindo a entrada dela, da professora Enna e do professor Gute. 

Depois, os membros da Comissão autorizaram que Loiane, Diretora Regional da APLB e o advogado Dr. Noildo representante Jurídico da categoria, entrassem, como condicionou o prefeito Pedro. Porém, segundo Janete, o prefeito não apresentou nenhuma condição de resolver impasse e não avançou no diálogo, enquanto a categoria aguardava na sede da prefeitura. 

O delegado de Policia Civil, Dr. Almir Góes esteve na prefeitura conversando com os profissionais da educação, no sentido de evitar dados ao patrimônio. Por volta das 20 horas, duas guarnições da 98ª CIPM de Ipirá chegaram ao local, juntamente com policiais militares de Baixa Grande.

De acordo com informações, os professores falaram que só vão sair da prefeitura com ordem judicial ou quando as revisitações forem cumpridas.

Em nota, o prefeito Pedro Lima Neto falou que todos sabem da situação de dificuldade econômica do município, com excesso de gastos com pessoal, tendo que demitir servidores contratados para ajustar as despesas.

Pedro ressaltou ainda que durante o seu governo, a categoria teve o maior ganho salarial, de mais de 50%, incluindo reajuste salarial, e vantagens decorrentes da graduação, enquanto os servidores das outras áreas da administração tem tido apenas reajustes de correção inflacionária. "Para se ter uma ideia, o custo mensal de alguns professores para o município chega a ser de mais de 8.000,00", disse Pedro.

“Nesse contexto, não podemos aceitar que o movimento grevista dos professores, assuma caráter de abusividade e ilegalidade, com professores invadindo a prefeitura e obstruindo a entrada e o trabalho, alem de proferirem palavras de baixo calão e ofensas a honra da minha pessoa”, esclareceu o prefeito.

Pedro pede a compreensão dos alunos, pais, e comunidade em geral para a situação momentânea e disse que está tomando todas as providencias legais para a retomada da normalidade dos dias letivos, ressaltando que os salários dos servidores se encontram em dias.

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